Líder de grupo suspeito de roubo e desmanche de carros 'contratava' outros ladrões e agia 'em família', diz polícia; 20 são presos
Segundo delegado, eles são suspeitos de roubar cerca de 50 carros nos últimos três anos. Esposa (grávida), pais e irmã agiam junto com chefe do grupo.
Por Sílvio Túlio, G1 GO
Polícia prende 20 em operação contra desmanche de carros, em Goiânia
A Polícia Civil deflagrou nesta sexta-feira (14) uma operação contra um grupo suspeito de roubar e desmanchar carros para vender as peças, em Goiânia. No total, 20 pessoas foram presas. Segundo as investigações, o líder do grupo agia "em família" - pais, irmã e a mulher, grávida, também foram detidos. Além disso, a corporação apontou que ele ramificava os negócios, "contratando" outros envolvidos para trabalhar com ele.
A operação foi batizada de Adophis. O delegado responsável pelo caso, Davi Freire Rezende, disse que o grupo agia principalmente na Vila Canaã, tradicional comércio de vendas de peças usadas da capital. Ele estima que o grupo esteja envolvido no furto de ao menos 50 veículos, em sua maioria, caminhonetes.
A maioria dos presos, conforme a polícia, ficou em silêncio durante as oitivas.
Além de peças, a polícia apreendeu sete armas de fogo - algumas de uso restrito -, munições e dois veículos roubados e já adulterados. O modo organizado como eles atuavam chamou atenção do delegado.
Parte dos presos após a prisão: grupo agia 'em família' — Foto: Polícia Civil/Divulgação
"É uma organização criminosa bem estruturada. Ele contratava 'roubadores', contratava pessoas para desmanchar, pessoas para fazerem frete dessas peças após o desmanche e disseminava e distribuía essas peças em lojas da Canaã, inclusive uma loja era dele", destaca.
Também chocou a polícia o fato de vários parentes do líder atuarem junto com o grupo. A mulher dele está grávida e ficava de "olheira" com o filho de 1 ano para avisar caso avistasse algum movimento da polícia nas redondezas.
"A família assessorava ele na empreitada criminosa. A esposa o ajudava, quando dos roubos, quando dos encontros de locais de desmanche. Os pais ajudavam na venda das peças, a esconder peças de veículos, esconder equipamento de bloqueio de rastreamento. Então, toda essa organização que ele exercia, a família o assessorava", revela.
O delegado afirma que o grupo agia há pelo menos três anos. Eles devem responder por associação criminosa, roubo e receptação.
Várias armas foram apreendidas com o grupo — Foto: Polícia Civil/Divulgação
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COMENTÁRIOS
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- Garcia VieiraHÁ UM DIAalgo que ajudaria muito a diminuir os roubos e furtos seria igualar a pena de receptação ao furto, pois um é tão grave quanto o outro.
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