Veículos de luxo e obra de arte são apreendidos na casa do empresário Roberto de Assis Moreira
Mandado judicial foi cumprido pela Promotoria do Meio Ambiente, do Ministério Público, nesta quarta-feira (21), em Porto Alegre. Determinação tem origem em execuções de multas devidas pelo não cumprimento de obrigações relacionadas ao meio ambiente.
Por G1 RS
Veículos de luxo foram apreendidos na casa de Roberto e Assis Moreira — Foto: Ministério Público/Divulgação
O Ministério Público, por meio da Promotoria do Meio Ambiente, cumpriu mandado judicial de busca e apreensão na casa do empresário Roberto de Assis Moreira, irmão de Ronaldinho Gaúcho. A ação ocorreu nesta quarta-feira (21), em Porto Alegre. Foram apreendidos três veículos de luxo e um quadro do pintor André Berardo.
Conforme o MP, a ordem para o cumprimento do mandado partiu da 1ª Vara Cível do Foro Regional da Restinga, e tem origem em execuções de multas devidas pelo não cumprimento de obrigações relacionadas ao meio ambiente, no caso, danos causados pela implantação do Instituto Ronaldinho Gaúcho.
O advogado de Roberto Assis Moreira, Sérgio Queiroz, disse ao G1 que "trata-se de processo antigo que cumpre formalidade de depósito dos bens que servem como garantia ao processo". "Nós e o Ministério Público já estamos em contato para finalizar os processos definitivamente", completa.
Nos próximos dias, o advogado fará uma reunião com a promotora do Meio Ambiente, Ana Marchesan, para tentar resolver o problema. Ele informa que o valor cobrado da multa neste processo é R$ 2.640.000,00.
Obra de arte apreendida na casa de Roberto de Assis Moreira — Foto: Ministério Público/Divulgação
Além disso, foram listados diversos bens com valor econômico como televisores, mesas de snooker e pebolim, eentre outros, na residência.
Conforme as promotoras que participaram da ação, a diligência durou toda a manhã e não foi necessário o uso de força policial.
Entenda o caso
De acordo com o Ministério Público, Assis Moreira e o Instituto Ronaldinho Gaúcho realizaram, em 2007, uma série de intervenções em duas áreas distintas, localizadas na Avenida Edgar Pires de Castro, n° 120 e 4443, a primeira voltada à sede do Instituto Ronaldinho Gaúcho e a segunda planejada para sediar o Centro Ronaldinho Gaúcho.
Na implantação dos parques esportivos, os réus, que também respondem a processo criminal, promoveram cortes de mata nativa, drenagens e movimentação de terras sem licença dos órgãos ambientais.
Ainda conforme o MP, para reparar e compensar esses danos, eles assumiram, entre outras obrigações, as de doar uma área para o município de Porto Alegre para integrar futuramente a Unidade de Conservação do Morro São Pedro e a constituição de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) com 22 hectares.
Entretanto, diz o MP, nenhuma dessas obrigações foi cumprida. Por isso, foram promovidas execuções junto ao Foro Regional da Restinga.
Em 2013, o Tribunal de Justiça manteve condenação aplicada pelos crimes ambientais.
Mandado foi cumprido na casa do empresário Roberto de Assis Moreira, em Porto Alegre — Foto: Ministério Público/Divulgação
Apreensão de passaportes
No começo de novembro, a Justiça também determinou a apreensão dos passaportes de Ronaldinho e Assis em outra ação contra a família por dano ambiental, pela construção de um trapiche na orla do Guaíba, em uma propriedade particular.
A alegação é a dificuldade de contatar a família para o pagamento de uma dívida que já ultrapassa R$ 8,5 milhões. Na ocasião, o advogado Sérgio Queiroz afirmou que iria recorrer da decisão.
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